Os municípios produtores de petróleo recebem, nesta segunda-feira (28), os royalties referentes ao mês de abril. Todos em queda. O município de Campos receberá R$ 40.975.658,78, valor 15,8% inferior aos R$ 48.658.607,53, do mês anterior.
Veja outros municípios da região:
São João da Barra –R$ 15.848.683,22, enquanto em março o recebido foi de R$ 18.071.728,77 — queda de 12,2%.
Macaé – R$ 70.125.302,03 – queda de 17,8% se comparado a março, R$ 85.261.775,69.
São Francisco de Itabapoana – R$ 3.551.314,96, valor 4,6% menor que o mês passado, de R$ 3,7 milhões
Quissamã – R$ 10.664.185,39, crédito 16,8% a menor que março, R$ 12,8 milhões
Rio das Ostras – R$ 13.040.269,92, valor 13,8% menor que o anterior, de R$ 15 milhões
São Fidélis – R$ 1.550.741,03, enquanto mês passado o repasse foi de R$ 1,9 milhões – 19,7% a menor.
Superintendente de Petróleo e Gás de São João da Barra, Wellington Abreu analisa os repasses deste mês e faz projeções:
“06/11/2024, 20/01/2025, Cautela e Reserva. Duas datas e duas palavras importantes e lembradas. A primeira o resultado da eleição americana, a segunda a posse de um presidente imprevisível até para seus apoiadores no que tange a comércio, energia e soberania americana. E quando se pensa em energia, se fala de petróleo. O lema “América First”, tinha como um dos principais compromissos, acelerar ao máximo a produção de petróleo. No mês seguinte a produção de Xisto já aumenta, a economia global entra em alerta e a oferta ultrapassa a demanda. A OPEP+ começa a prever aumento de produção já registrado no mês seguinte. O preço cai e questões nacionais fazem com que o câmbio também recue. O reflexo dessa junção de fatores, é a queda vertical registrada nos repasses para todos municípios produtores nesta segunda-feira, 28/04. A projeção é de queda para os meses de maio e junho, com reflexo das novas tarifas de importação dos EUA e suas consequências que atingiu em cheio o mundo do petróleo e derrubou os preços aos US$ 62,82 no início deste mês. Ao que parece o mercado absorveu e hoje oscila acima dos US$ 65. Hora de lembrar da cautela em comprometer gastos de custeio com royalties e na reserva de contingência necessária para esses momentos. Duas coisas sempre frisadas em todos meses que analiso repasses. O Sinal está Amarelo, hora de ajustar as contas. Abaixo dos US$ 60, é hora de cortes e medidas austeras para manter as contas em dia. Sobre os incidentes nas plataformas P-53 e PCH-1 não me gera preocupação.A P-53, operando no campo de Marlim Leste, vinha produzindo uma média de 60 mil barris nos últimos doze meses, impactando pouco e pontualmente os municípios confrontantes de Campos dos Goytacazes, Macaé, Rio das Ostras e muito pouco os municípios de Carapebus e Casimiro de Abreu. Já a PCH-1, já estava inoperante e sem produção, servindo de rebombeio de um baixo volume de gás no polo de Garoupa. A PCH-1 ainda operada pela Petrobras e em processo de venda para petroleira Britânica Perenco, deve tomar um pouco mais de tempo para retornar a integridade e ponto de produção que estava paralisada desde 2020, onde operava desde 1984 nos campos de Cherne, Corvina e Garoupa, todos sem produção desde abril de 2020. O que realmente gera preocupação é o preço do petróleo Brent no mercado internacional que vamos acompanhar nas próximas semanas. Esse incidente comercial causado pelo governo americano gerou grande turbulência e pode gerar um no patamar no valor médio para o ano de 2025. Talvez tenhamos que tomar medidas severas. Talvez…Acompanhar e agir mediante a necessidade para cumprir o equilíbrio de contas exigido por lei dos administradores municipais. Agir com prudência e responsabilidade fiscal”.


(Fonte: Blog da Suzy Monteiro)